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Política fraca ou propaganda sem força

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Política fraca ou propaganda sem força

As campanhas eleitorais no Brasil há tempos perdem de destaque criativo e inovador. A propaganda de rádio e TV, que deveria ser um momento estratégico de impacto, sofre com o desinteresse generalizado. É difícil negar: poucos prestam atenção, e menos ainda admitem a necessidade de mudar essa realidade.

Quem esperava que as redes sociais transformassem a dinâmica eleitoral também ficou decepcionado. Prometendo inovação, trouxeram mais do mesmo: conteúdos sem essência, sem emoção e incapazes de engajar eleitores de forma significativa.

Esse cenário é perigoso para a democracia. Campanhas sem impacto enfraquecem o diálogo político e alienam os cidadãos, fazendo com que a sociedade perca os ideais que sustentam uma política forte e representativa. A falta de inspiração mina a confiança nos processos democráticos.

Resta a reflexão: será que a propaganda política perdeu força porque os políticos se tornaram fracos? Ou os políticos se enfraqueceram porque a propaganda deixou de inspirar? Seja qual for a resposta, o Brasil precisa urgentemente resgatar a vitalidade de suas campanhas eleitorais.

Cristovão Pinheiro é um estrategista político brasileiro com mais de duas décadas de experiência em marketing político. Ao longo de sua carreira, ele participou de diversas campanhas eleitorais bem-sucedidas, demonstrando uma profunda compreensão do cenário político nacional.