A Procuradoria-Geral da República encontrou, no sistema eletrônico da Odebrecht, arquivos originais com os nomes do ministro Eliseu Padilha e do ex-ministro Geddel Vieira Lima. A PGR localizou ordens de pagamentos e descartou fraudes na criação dos arquivos.
A análise da PGR também encontrou arquivos originais com programações de pagamentos para o ministro Moreira Franco e os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves, todos do PMDB.
Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos.
Para investigadores, a importância dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente.
A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos.
Todos eles, Padilha, Moreira, Cunha, Geddel e Alves, são apontados nas delações como operadores de arrecadação de recursos da empreiteira para o PMDB.
Os relatórios foram anexados aos autos da segunda denúncia contra Michel Temer e a cúpula do PMDB, incluindo os ministros Padilha e Moreira Franco.