Casos graves, como o da menina de 11 anos filmada enquanto sofria violência sexual no Recanto das Emas, crescem na capital do país. Em 2016, houve 392 registros de abusos contra crianças e adolescentes no DF, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública
Na última terça-feira, um crime envolvendo uma garota de 11 anos estarreceu o Distrito Federal. Pelas investigações da Polícia Civil, um homem de 20 anos e quatro adolescentes, com idade entre 13 e 17 anos, a violentaram e ainda filmaram a cena do crime. A corporação prendeu o rapaz maior de idade, que se encontra detido no Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário da Papuda, acusado de estupro de vulnerável e exploração sexual de menor.
A mãe dele presenciou a prisão, realizada ao entardecer daquele dia. Com a voz estremecida, em tom choroso, a matriarca relembra a detenção: “Ele não é essa pessoa. Meu filho não é marginal”, lamenta. A detenção decorreu da denúncia da mãe da criança explorada sexualmente. Os abusos descritos são comprovados por relatórios do Instituto Médico Legal (IML) e pelas imagens.
Ao converter o flagrante em prisão preventiva, em audiência de custódia, o juiz Aragone Nunes Fernandes, apontou a gravidade da suposta participação do jovem de 20 anos. “Ao que se colhe, a vítima, de apenas 11 anos de idade, foi levada a praticar relações sexuais com pessoas diversas, contra sua vontade, o que caracteriza o chamado estupro coletivo”, disse. E ressaltou: “Acresça-se que o autuado era o único maior de idade, recaindo sobre ele um maior juízo de reprovação exatamente por esse fato, na medida em que tem maior discernimento quanto à proibição das condutas. Para agravar ainda mais o contexto, as relações foram filmadas, vilipendiando a imagem da vítima”.
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