Polícia Civil faz buscas na sede do Iges, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Polícia Civil faz buscas na sede do Iges, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução

Empresários e servidores públicos são investigados por suposta propina em contrato de R$ 300 Milhões

A Polícia Civil deflagrou uma operação nesta quarta-feira (28) para investigar suspeitas de propina envolvendo empresários e servidores públicos no contrato de fornecimento de alimentos para pacientes das unidades de saúde administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges). O contrato em questão, no valor de mais de R$ 300 milhões, está vigente até julho de 2025 e a investigação aponta problemas na prestação do serviço, como falta de insumos, atrasos e equipamentos inadequados.

Os suspeitos incluem Caio Valério Gondim, vice-presidente do Iges-DF, e Antônio Carlos Garcia Martins Chaves, diretor de administração e logística do instituto. A empresa investigada é a Salutar, com Valdenis Barbosa da Silva como seu responsável. De acordo com a polícia, apesar das falhas na prestação dos serviços, o contrato foi recentemente renovado com um valor superior ao anterior, o que levanta a suspeita de pagamento de propina para garantir a renovação.

O Iges afirmou que está colaborando com as investigações e fornecerá todas as informações necessárias para esclarecer os fatos. A Salutar expressou surpresa com a operação e garantiu que está colaborando plenamente para o esclarecimento da situação, destacando que recebeu elogios recentes da Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde do MPDFT pela gestão do contrato.

A operação, coordenada pela Delegacia de Repressão à Corrupção, conta com apoio do Ministério Público do DF e abrange 20 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados à empresa e a servidores do Iges. Os suspeitos enfrentam acusações de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.