O programa “Fantástico” deste domingo revelou detalhes exclusivos da investigação envolvendo um médico do interior de São Paulo que se apropriou de uma parte significativa da Floresta Amazônica, lucrando cerca de R$ 800 milhões. Durante uma extensa investigação que durou dez dias, o programa explorou como o médico, identificado como Ricardo Stoppe Júnior, conseguiu fraudar documentos para adquirir uma área do tamanho do Distrito Federal.
Ricardo Stoppe Júnior, originário de Araçatuba, no interior de São Paulo, é apontado pela investigação como um dos principais grileiros de terras no Norte do Brasil há pelo menos duas décadas. Segundo as descobertas apresentadas pelo “Fantástico”, ele teria lucrado R$ 180 milhões com projetos de créditos de carbono e mais R$ 600 milhões com extração ilegal de madeira na região amazônica.
A Polícia Federal revela que Ricardo engendrou um esquema fraudulento envolvendo documentos que o tornaram, oficialmente, proprietário de mais de 500 mil hectares de terras na Amazônia, grande parte pertencente à União. Com a possível alteração fraudulenta de documentos oficiais, ele e seus associados conseguiram modificar registros legais, falsificando informações para legitimar suas ações.
As investigações apontam que Ricardo Stoppe Júnior e seus cúmplices enfrentarão acusações que vão desde desmatamento, corrupção de funcionários públicos, lavagem de dinheiro até organização criminosa. A ação da Polícia Federal visa bloquear as matrículas fraudadas e restituir essas terras à União, enquanto o médico nega as acusações e alega inocência, afirmando que perícias técnicas e contábeis esclarecerão todos os pontos questionados.
