Foto: Reuters
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Europa Central sofre com enchentes e contabiliza 10 mortes

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Europa Central sofre com enchentes e contabiliza 10 mortes

Pelo menos 10 pessoas perderam a vida em uma das piores enchentes registradas na Europa Central em décadas, após a passagem da tempestade Boris, que trouxe mais de um mês de chuvas intensas. Áustria, Polônia, República Tcheca e Hungria estão entre os países mais afetados pelas precipitações extremas. Na Polônia, o governo está prestes a declarar “estado de calamidade” devido à devastação provocada no sudoeste do país.

Na República Tcheca, milhares de pessoas ficaram sem eletricidade e água quente após o fechamento de usinas de aquecimento. Na cidade de Ostrava, próxima à fronteira polonesa, a usina local foi forçada a interromper suas operações devido às inundações, deixando cerca de 280 mil moradores sem água aquecida. Enquanto isso, na Áustria, foram registradas 10 mortes decorrentes da tragédia, incluindo dois idosos que não conseguiram escapar de suas casas.

O aquecimento global tem intensificado fenômenos climáticos extremos, como chuvas mais pesadas e tempestades mais violentas, devido ao aumento da capacidade de retenção de vapor pela atmosfera mais quente. A cidade polonesa de Nysa, por exemplo, luta contra a elevação do nível das águas, e pacientes de um hospital local precisaram ser evacuados. Em Klodzko, as inundações chegaram a 1,5 metro, com o exército polonês auxiliando na remoção de milhares de pessoas das áreas mais afetadas.

Na República Tcheca, cidades como Litovlje e Jesenik enfrentam situações críticas. Em Litovlje, 80% das construções foram submersas, e espera-se que o rio Morava alcance seu pico em breve. Jesenik, conhecida por receber turistas, agora lida com os estragos das águas. A Hungria e a Eslováquia também estão em alerta, com o primeiro-ministro húngaro tentando tranquilizar os habitantes de Budapeste e as autoridades eslovacas adotando medidas preventivas na capital, Bratislava.

Especialistas alertam que eventos climáticos extremos, como essas enchentes, devem se tornar mais frequentes com o avanço do aquecimento global. Um estudo realizado em 2021 já indicava que as mudanças climáticas provocadas pelo homem aumentam tanto a probabilidade quanto a intensidade dessas tragédias, prevendo que esse cenário continuará se agravando no futuro.