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Ex-servidora da câmara tentava manter cargo via teletrabalho após 7 anos nos EUA

Edimara Pasinato Dal Pozzo, ex-servidora da Câmara dos Deputados, foi demitida pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, após residir nos Estados Unidos por sete anos e tentar manter seu emprego em regime de teletrabalho desde 2021.

Dal Pozzo, que ocupava a função de técnico administrativo, argumenta que sua posição era compatível com o trabalho remoto e considera sua demissão, ocorrida na segunda-feira (15/4), como injusta. Ela mudou-se para os EUA em 2018 para acompanhar os filhos e, desde então, enfrentou problemas de saúde exacerbados pelo impasse sobre seu regime de trabalho.

Durante seu período nos EUA, Dal Pozzo recebeu diversos pagamentos da Câmara, incluindo valores referentes a férias acumuladas e licenças de capacitação até 2018, e pagamentos em 2022 e 2023 relacionados a licenças de saúde não previamente quitadas. Ela relatou que, após solicitar uma licença não remunerada e se mudar, os problemas de saúde começaram a surgir com a incerteza sobre o teletrabalho, levando-a a entrar com recursos administrativos e judiciais para garantir seus direitos.

Além de sua carreira na Câmara, Dal Pozzo tornou-se sócia de uma agência de seguros brasileira no Texas em 2022, com escritórios em diversos estados americanos, incluindo Florida e Virginia. Sua demissão foi justificada por Lira como “abandono de cargo”, com base nos artigos 132 e 138 da Lei nº 8.112, de 1990, uma alegação que ela contesta, dada a natureza de seu trabalho e as circunstâncias de saúde e familiares que a levaram a residir no exterior.