Nesta terça-feira (17), uma série de explosões de pagers no Líbano resultou na morte de pelo menos oito pessoas e deixou cerca de 2,8 mil feridos, incluindo combatentes do Hezbollah, médicos e o embaixador iraniano em Beirute, informou o Ministério da Saúde libanês. Inicialmente, o Hezbollah havia reportado três mortes e mil feridos.
Um oficial do Hezbollah, que preferiu manter-se anônimo, descreveu a explosão dos pagers como a “maior violação de segurança” enfrentada pelo grupo em quase um ano de confronto com Israel. As detonações ocorreram no contexto de ataques transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, que estão em meio a uma escalada de violência relacionada à guerra em Gaza, iniciada em outubro do ano passado.
O Hezbollah confirmou a morte de pelo menos três pessoas, incluindo dois de seus combatentes e uma criança. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, sofreu ferimentos leves e está em observação em um hospital, conforme relatado pela agência de notícias Fars. A Reuters não conseguiu confirmar imediatamente a veracidade desse relato.
Os pagers que explodiram eram de um modelo recente fornecido ao Hezbollah nos últimos meses. As explosões ocorreram principalmente nos subúrbios ao sul de Beirute e em outras áreas do sul do Líbano, causando caos e ferimentos graves. O hospital Mt. Lebanon relatou a chegada de feridos com ferimentos graves, enquanto o hospital público Nabatieh tratou aproximadamente 40 pessoas com lesões.
O centro de operações de crise libanês solicitou que todos os profissionais de saúde se dirigissem aos hospitais para ajudar com o grande número de feridos, pedindo que não usassem pagers. A Cruz Vermelha Libanesa enviou mais de 50 ambulâncias e 300 equipes médicas de emergência para auxiliar nas operações de resgate. As hostilidades entre o Hezbollah e Israel continuam, com ambos os lados tentando evitar uma escalada maior da violência.
