As constantes falhas na iluminação pública do Distrito Federal, que se estendem desde o Plano Piloto até regiões populosas como Ceilândia, escancaram o descaso da gestão com a segurança e a mobilidade urbana. Ruas e avenidas inteiras permanecem às escuras, transformando-se em palco de insegurança para pedestres e motoristas, além de favorecerem a ação de criminosos.

O problema, longe de ser pontual, demonstra falhas de planejamento e manutenção preventiva. Quando bairros centrais e periféricos sofrem igualmente com ruas apagadas, a mensagem transmitida à população é de abandono generalizado. A escuridão se torna metáfora da falta de prioridade em serviços básicos, enquanto promessas de modernização com lâmpadas de LED permanecem distantes da realidade de muitas comunidades.

Sem um plano transparente de fiscalização, cronograma de manutenção e responsabilização efetiva de concessionárias e gestores, a situação tende a se agravar. Iluminação pública não é luxo, mas um serviço essencial para garantir cidadania, segurança e dignidade. No DF, o contraste entre o discurso de cidade moderna e a realidade das ruas escuras mostra como a capital ainda falha no que deveria ser o mínimo: manter a luz acesa.

Da Redação, Folha de Brasília

Foto: Gilberto Alves/CEB IPes