Foto: Reprodução
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Furto de armas do exército: a investigação e seus desdobramentos

Um ano após o furto de 22 metralhadoras do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri, São Paulo, duas das armas permanecem desaparecidas. A investigação ainda não resultou na condenação de nenhum militar diretamente envolvido no desvio das metralhadoras, que ocorreu em 7 de setembro de 2023. Relatórios indicam que as armas foram entregues em duas remessas ao crime organizado, com o destino final planejado para o Paraguai.

A apuração da GloboNews revelou que dois cabos do Exército contaram com a ajuda de receptadores para realizar a entrega das armas. As metralhadoras, que eram de alta potência, foram inicialmente apreendidas em ações policiais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre as armas recuperadas, destacam-se as oito metralhadoras que foram confiscadas na Comunidade Gardênia Azul, no Rio, em outubro do ano passado.

A dinâmica do furto, confirmada por câmeras de segurança, mostra que os cabos arrombaram o depósito onde as armas estavam guardadas durante o feriado da Independência. A investigação sugere que a saída do veículo carregado com as armas foi facilitada por ordens que proibiam a revista da viatura do diretor do arsenal, o que contraria os procedimentos de segurança do Exército. Embora a investigação tenha apontado a responsabilidade de vários militares, a ligação direta de oficiais superiores não foi comprovada.

O andamento do processo na Justiça Militar continua, com a análise de depoimentos e perícias. Enquanto isso, a situação dos acusados permanece indefinida, com alguns já presos e outros respondendo por crimes de peculato e furto. O Comando Militar do Sudeste afirmou que revisará rigorosamente os procedimentos de segurança para evitar novas ocorrências semelhantes, reafirmando seu compromisso com a apuração dos fatos e a recuperação das armas furtadas.