Foto: WAGNER VILAS/ESTADÃO CONTEÚDO
Foto: WAGNER VILAS/ESTADÃO CONTEÚDO

IBGE indica crescimento de 1,4% no PIB do Brasil no 2º trimestre de 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil apresentou uma elevação de 1,4% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o trimestre anterior, conforme anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (3). Esse resultado marca o décimo segundo aumento trimestral consecutivo, após o crescimento de 1% no primeiro trimestre, que foi revisado de um dado inicial de 0,8%.

No segundo trimestre, a Indústria e o setor de Serviços foram os principais impulsionadores, registrando avanços de 1,8% e 1%, respectivamente, compensando a queda de 2,3% na Agropecuária. Pelo lado da demanda, todos os componentes mostraram crescimento: o consumo das famílias e do governo aumentaram 1,3% cada, e os investimentos tiveram uma recuperação de 2,1% após um ano de desempenho fraco.

Em termos nominais, o PIB do Brasil atingiu R$ 2,9 trilhões, sendo R$ 2,5 trilhões em Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 387,6 bilhões em Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o PIB cresceu 3,3%, e o acumulado dos últimos quatro trimestres registrou um crescimento de 2,5%.

O desempenho do setor industrial foi fortemente influenciado pelas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto e gestão de resíduos, que cresceram 4,2%, devido ao aumento do consumo residencial, aliado a temperaturas mais altas. A construção civil também mostrou um bom desempenho, com uma elevação de 3,5%, impulsionada pelo maior acesso a crédito, juros mais baixos e programas governamentais, como o Minha Casa, Minha Vida. Em contrapartida, a indústria extrativa sofreu uma retração de 4,4%, impactada por paradas de manutenção no setor de petróleo.

Entre os serviços, todos os subsetores apresentaram crescimento, destacando-se atividades financeiras e de seguros (2%), informação e comunicação (1,7%) e comércio (1,4%). Já o setor agropecuário, que registrou um recuo de 2,3%, foi afetado por condições climáticas adversas, como ondas de calor e chuvas excessivas em algumas regiões, além de secas em outras, fazendo com que o resultado do setor ficasse 5,8% abaixo do pico histórico alcançado no primeiro trimestre de 2023.