O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (26) que foi notificado sobre um possível caso de mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, entre os imigrantes que estão detidos no Aeroporto Internacional de São Paulo, localizado em Guarulhos. A notificação gerou preocupação devido à necessidade de monitoramento rigoroso para evitar a disseminação da doença, especialmente em um local com grande fluxo de pessoas vindas de diferentes partes do mundo.
Até o momento, 507 pessoas permanecem à espera de autorização para entrar no Brasil, o que tem gerado uma situação delicada e preocupante para as autoridades. Durante uma reunião de emergência realizada no dia 21 de agosto, a Defensoria Pública da União sugeriu a criação de uma sala de situação, destinada a acompanhar em tempo real o fluxo de entrada e saída no país. A ideia é fortalecer a coordenação entre os diferentes órgãos envolvidos para lidar de forma mais eficiente com esse tipo de situação.
Em comunicado oficial, o Ministério da Saúde afirmou que a notificação sobre o caso suspeito foi recebida na tarde de domingo (25). O imigrante em questão foi submetido a exames em uma unidade de saúde no município de Guarulhos, como parte das medidas de precaução e diagnóstico. A situação é acompanhada de perto, dada a necessidade de uma resposta rápida para evitar qualquer possível contágio entre a população.
O Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (CIEVS), que atua em conjunto com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), foi informado sobre o caso. A Anvisa, responsável pelo controle migratório, relatou que o passageiro recebeu atendimento no posto médico do aeroporto durante a madrugada e foi encaminhado a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Guarulhos, onde foi submetido a exames detalhados. Esse processo visa garantir que qualquer suspeita seja cuidadosamente investigada.
O paciente, que está em boas condições de saúde, foi isolado em um hotel da região até que os resultados dos exames sejam conhecidos. As autoridades de vigilância no aeroporto tomaram todas as medidas necessárias, incluindo a desinfecção das áreas afetadas e o monitoramento contínuo das outras pessoas que se encontram na zona dos estrangeiros inadmitidos. Além disso, o Ministério da Saúde informou que, até o momento, não há registros de que o paciente tenha viajado por regiões afetadas pela cepa 1b, que recentemente motivou um alerta internacional da Organização Mundial da Saúde (OMS). O acompanhamento do caso está sendo feito em colaboração com o CIEVS de São Paulo, a Anvisa, o Ministério de Portos e Aeroportos, a Polícia Federal e o Departamento de Migrações, todos trabalhando em conjunto para garantir a segurança pública.
