Foto: Ibama-PrevFogo/Reprodução
Foto: Ibama-PrevFogo/Reprodução

Incêndio de grandes proporções atinge terra indígena Kadiwéu no pantanal

Um incêndio devastador está consumindo a Terra Indígena Kadiwéu, localizada em Porto Murtinho (MS), no Pantanal. Desde a madrugada de segunda-feira (28), cerca de 70 brigadistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PrevFogo) estão empenhados no combate às chamas, que já destruíram mais de 60% da área da Terra Indígena desde o início do ano. A situação é grave, com um foco intenso registrado por satélites no dia 25 de agosto, e não há previsão para a conclusão dos esforços de controle.

A Terra Indígena Kadiwéu, que abriga aproximadamente 1.697 pessoas dos povos Kadiwéu, Kinikinau e Terena, ocupa uma área de 539 mil hectares. A devastação do incêndio é uma preocupação significativa para as comunidades locais e para a preservação ambiental. O chefe da brigada, Márcio Yule, informou que, apesar do reforço na equipe, a situação está sob controle, mas continua sendo um desafio constante para os brigadistas.

O Pantanal enfrenta incêndios há mais de três meses, resultando na destruição de 2,3 milhões de hectares e causando sérios danos ao meio ambiente e à fauna local. A área devastada corresponde a 15,37% do território pantaneiro brasileiro. Nos últimos dias, foram registrados 72 focos de calor em Mato Grosso do Sul, sendo 25 concentrados no Pantanal e 17 ainda ativos em Porto Murtinho, incluindo a Terra Indígena Kadiwéu.

Além dos esforços de combate na Terra Indígena Kadiwéu, as equipes também enfrentam desafios em outras regiões de Mato Grosso do Sul. No Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema e na região de Salobra, a dificuldade é exacerbada pela vegetação local. Mesmo com a recente frente fria que aliviou o calor, o problema do fogo subterrâneo, conhecido como turfa, exige vigilância contínua por parte dos bombeiros e brigadistas.