Em outubro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, registrou uma alta de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A principal pressão veio do aumento nos preços da energia elétrica, que subiu 4,74%, e das carnes, que avançaram 5,81%. Com isso, o IPCA acumula uma alta de 3,88% em 2024, próximo ao limite superior da meta de inflação, que é de 4,5%.
Os grupos mais afetados pela inflação foram Habitação, com aumento de 1,49%, e Alimentação e Bebidas, que subiu 1,06%. A alta nos preços da energia elétrica impactou diretamente o grupo de Habitação, devido à alteração na bandeira tarifária, enquanto as carnes continuaram a pressionar os custos no grupo de Alimentação. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação geral é de 4,76%, superando o teto da meta.
O aumento das carnes é atribuído a fatores como mudanças climáticas, menor número de animais para abate e o aumento das exportações, que reduziram a oferta interna. As maiores variações de preços nos cortes de carne foram observadas no acém (9,09%), costela (7,40%) e contrafilé (6,07%). Outros itens essenciais, como o tomate (9,28%) e o café moído (4,01%), também tiveram altas significativas.
A inflação de serviços, por sua vez, apresentou aceleração em outubro, mas com uma contribuição negativa de passagens aéreas, que caíram 11,50%, devido a promoções. Além disso, os itens monitorados, que são controlados por políticas públicas ou contratos, como energia elétrica e gás de botijão, registraram aumento de 0,71%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com rendas mais baixas, teve uma alta de 0,61% em outubro, acumulando 3,92% no ano e 4,60% nos últimos 12 meses, refletindo uma pressão similar à observada no IPCA.