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“Irmãs Williams” driblam dificuldades e brilham no badminton

Independente de onde você vem ou de onde você está: o que vale é seu caráter. É aonde você quer chegar, e não onde as pessoas falam que você pode chegar. Eu quis estar aqui, quero mais e quero estar lá na frente. É por isso lutamos”.

O discurso pertence a jovem jogadora de badminton Luana Vicente, dito logo após conquistar uma vaga na final dos Jogos Pan-Americanos deToronto ao lado de sua irmã mais velha, Lohaynny, uma marca nunca alcançada por mulheres brasileiras.

Conhecidas como “irmãs Williams”, em alusão as tenistas americanas Serena e Venus, elas cresceram na favela da Chacrinha, zona oeste do Rio de Janeiro, onde superaram desde quadras sem condições de jogo até o tráfico de drogas para seguir em frente no esporte.

Mas se engana se você pensa que os problemas ficaram no passado. Agora, apesar de terem um centro de treinamento nos padrões internacionais, elas sofrem com o mesmo problema que boa parte dos atletas olímpicos do País: a falta de apoio.

Mesmo após provar ano após ano uma grande evolução, a dupla não possui patrocínio, vive de recursos do Bolsa Atleta e de um salário do clube, o que, segundo elas, é muito pouco para quem sonha em chegar ao nível olímpico.

“Queríamos até pedir ajuda, um patrocínio. Temos só o patrocínio da Yonex, que é da Seleção e eles dão roupa, tênis , raquete… Mas financeira não temos. Temos o Bolsa Atleta e o salário do clube. Para quem sonha com Olimpíada ainda falta muito. Tem muitos torneios que ainda precisamos pagar do bolso, já que a Confederação Brasileira só nos garante dez campeonatos por ano. Para fazer um bom ano olímpico precisamos de 20 a 25 torneios. Não tem férias, nem Natal. Precisamos de mais”, desabafou Lohaynny.

Fonte:Terra
Foto: Osmar Portilho / Terra