Israel iniciou uma grande operação militar na manhã de quarta-feira (28) em várias áreas do norte da Cisjordânia, resultando na morte de pelo menos nove palestinos, conforme autoridades de saúde locais. A operação, conduzida pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) em colaboração com a Agência de Segurança Israelense (ISA), visou os campos de refugiados de Jenin e Tulkarem, com o objetivo declarado de combater células terroristas na região.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que a operação teve como alvo “infraestruturas terroristas islâmicas-iranianas” e envolveu o uso de drones, escavadeiras, e forças militares e de segurança. Imagens divulgadas mostram escavadeiras destruindo áreas urbanas e ataques a instalações militantes em Nur Shams, próximo a Tulkarem.

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino relatou que as mortes ocorreram em Jenin e Tubas, incluindo vítimas de ataques aéreos e de fogo militar. O Ministério da Saúde palestino denunciou que as forças israelenses bloquearam as estradas que levam ao hospital em Jenin, colocando em risco a vida dos pacientes e da equipe médica.

O grupo militante Jihad Islâmica condenou a operação israelense como uma “agressão abrangente”, enquanto o Hamas convocou uma “mobilização geral” contra a ocupação israelense. A operação ocorre em um contexto de crescente violência na Cisjordânia, exacerbada pelos recentes conflitos em Gaza desde 7 de outubro.