Paulistão - Folha de Brasília
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Jô e Rodrigo Caio. Antes e depois do apito!

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Jô e Rodrigo Caio. Antes e depois do apito!

Gol do Corinthians ! Outra vez Jô!
Dessa vez com a mão e o timão segue líder.

Assim que o jogo terminou, começaram as comparações com a emblemática atitude do zagueiro do São Paulo. Rapidamente os jornalistas colocaram o tema na pauta. O jornalista Carlos Cereto(sportv) disse que o Brasil “está do jeito que está” porque faltam “Rodrigos Caios”. Extrapolou a atitude louvável do zagueiro dentro de campo para justificar a situação política, social/moral do Brasil. Cereto gostaria que todos os jogadores se comportassem como o zagueiro do São Paulo que abriu mão do benefício para manter a sua honesta conduta pessoal. Utópico. Nem no futebol daqui, nem no futebol da China. Nem mesmo na Europa.

Em todos os lugares do mundo os técnicos cobram e pressionam a arbitragem, os jogadores simulam faltas, provocam o adversário,descem o sarrafo e depois ainda reclamam com o juiz pedindo absolvição. Alguém já viu algum técnico depois do jogo dizer que seu time foi favorecido pela arbitragem ? Algum clube que ganhou a partida sendo favorecido pediu a marcação de outro jogo?

Deixando de lado essas questões, vamos para dentro de campo. Vamos ao que realmente interessa.

Sobre o Rodrigo Caio, gostaria de fazer outra análise.

Rodrigo Caio tem boa qualidade técnica, sabe sair jogando, sobe muito bem de cabeça mas abusa das antecipações, que juntamente com a fragilidade do seu porte físico, faz com que ele se torne muito vulnerável. Não é incomum vê-lo caído no chão. Zagueiro que é zagueiro não pode cair tanto. Imagine o Lewandowski protegendo a bola e o Rodrigo Caio tentando antecipar. Imagina isso numa copa do Mundo ? Na zaga não é confiável.

O São Paulo está na zona do rebaixamento e o Rodrigo Caio continua falhando e contribuindo pra isso.Isso sim é relevante e ninguém toca no assunto.

Sobre o seu comportamento honesto dentro de campo é um direito que ele tem de se manifestar como quiser. Aqui não cabe críticas. Assim também tem o Jô, o direito de dizer o que quiser depois do jogo. Ele não precisa ser coerente com as palavras para agradar os críticos.

Do apito inicial ao apito final os árbitros continuarão a errar, com ou sem tecnologia.

Padronizar o comportamento dos jogadores acabaria com a mística do jogo.

Existe um juiz para decidir. Cada qual que use as suas armas!

João Henrique Padula
Folha de Brasília