Joinville, a cidade mais populosa de Santa Catarina, iniciou nesta terça-feira (20) um projeto pioneiro para combater doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela. A cidade começou a liberar 3,5 mil mosquitos Aedes Aegypti modificados com a bactéria Wolbachia, com o objetivo de reduzir a transmissão desses vírus. A previsão é que até o final de 2025, cerca de 3,6 milhões de mosquitos sejam soltos nas ruas.
A iniciativa é especialmente relevante para Joinville, onde, das 329 mortes registradas no estado devido à dengue em 2024, 81 ocorreram na cidade. A estratégia visa diminuir os índices de transmissão da doença, almejando uma redução significativa dos casos.
Os mosquitos liberados, chamados de Wolbitos, carregam a bactéria Wolbachia, que já está presente em 60% dos mosquitos na natureza e não causa danos aos seres humanos. A presença da Wolbachia inibe o desenvolvimento dos vírus dentro dos insetos, tornando-os menos propensos a transmitir as doenças.
O Método Wolbachia está sendo implementado através de uma parceria entre a prefeitura de Joinville, Fiocruz, o World Mosquito Program (WMP), o governo estadual e o Ministério da Saúde. A cidade destacou que a técnica não envolve modificação genética dos mosquitos, garantindo um tratamento seguro e focado na saúde pública.