Diego Firmino Santiago Sales, de 38 anos, diretor de barracão da Estação Primeira de Mangueira, foi liberado pela Justiça do Rio de Janeiro após ser preso na madrugada de sábado (31) por homicídio culposo. Ele é acusado de atropelar e matar um homem em situação de rua na Rua Leopoldo Bulhões, em frente à estação de Manguinhos, na Zona Norte. A decisão da audiência de custódia ocorreu no domingo (1º), quando o juiz Alex Quaresma Ravache considerou que não havia elementos suficientes para a prisão preventiva.
Durante a audiência, o juiz destacou que a Polícia Civil não havia apresentado provas que indicassem dolo eventual, e o Ministério Público do Rio (MPRJ) concordou com a liberação, ressaltando a falta de informações que poderiam alterar a natureza do crime. Embora liberado, Diego está proibido de dirigir e deve comparecer mensalmente em juízo pelos próximos dois anos, além de ter sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH) apreendida.
O caso remete a uma noite de festa, onde Diego e seus amigos, após retornarem da Cidade do Samba, pararam em Mangueira para continuar consumindo bebidas. Segundo relatos, após o atropelamento, Diego tentou fugir, mas foi perseguido e preso pela polícia. Ele afirmou que não estava alterado no momento do acidente, embora um exame de alcoolemia tenha indicado que, embora estivesse com odor etílico, sua capacidade psicomotora estava preservada.
Durante a audiência, Diego também relatou ter sido agredido por um policial durante a prisão, mas o juiz considerou que isso não invalidava o flagrante. Ele ordenou que Diego fosse submetido a um exame de integridade física. O caso levanta questões sobre a segurança no trânsito e as responsabilidades dos motoristas, especialmente em situações envolvendo vítimas vulneráveis. A Estação Primeira de Mangueira lamentou a morte da vítima e afirmou que Diego está à disposição das autoridades para prestar esclarecimentos.
