Foto: Renata Bitar
Foto: Renata Bitar

Ministério Público Eleitoral investiga divulgação de fake news em campanha eleitoral de São Paulo

O Ministério Público Eleitoral determinou, nesta quinta-feira (15), a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para investigar a divulgação de fake news pelo candidato à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal (PRTB), contra seu adversário, Guilherme Boulos (PSOL). A denúncia apresentada pela campanha do PSOL alega que Marçal espalhou informações sem provas de que Boulos seria usuário de cocaína, o que levou à tomada de medidas legais.

De acordo com o promotor eleitoral Nelson dos Santos Pereira Júnior, as declarações de Marçal apresentam indícios de violação de pelo menos três artigos do Código Eleitoral brasileiro. Ele ressaltou que a divulgação dessas informações teve o claro propósito de prejudicar a campanha de Boulos, configurando um ato de pré-campanha que viola as normas eleitorais.

Apesar das determinações da Justiça Eleitoral para a remoção das postagens difamatórias, Marçal já foi condenado duas vezes pelo TRE-SP por manter conteúdo que insinua o uso de cocaína por Boulos. O juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini exigiu a retirada imediata dessas publicações das redes sociais, sob pena de ação coercitiva contra plataformas como Facebook, TikTok e outras.

Colombini destacou que as postagens de Marçal, ao acusar Boulos de forma difamatória, carecem de relevância eleitoral e servem apenas para difamar o candidato, sem trazer contribuições significativas ao debate político. A Justiça tem se mostrado firme na defesa da veracidade e da ética nas campanhas eleitorais, combatendo a disseminação de informações falsas que visam prejudicar a reputação dos candidatos.