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Morador de condomínio onde o corpo do Don Juan do Lago foi encontrado é suspeito de matar o estelionatário

A polícia suspeita que um morador do condomínio Novo Horizonte, próximo ao Paranoá, seja o assassino de Antônio Carlos Guimarães, 45 anos, conhecido como “Don Juan do Lago”. Guimarães foi encontrado dentro do porta-malas do próprio carro, na tarde de terça-feira (1°/12). Ele estava amordaçado e amarrado. Baleado, o homem, que tinha 29 passagens pela polícia, a maioria por estelionato, também apresentava marcas de agressão. Ele morreu no local.

Segundo o Corpo de Bombeiros, funcionários que trabalham no condomínio perceberam que o vidro traseiro do carro estava estilhaçado e decidiram examinar de perto. Ao se aproximarem, encontraram o homem e acionaram a corporação.

Moradores do condomínio que pediram para não serem identificados relataram ao Metrópoles, na manhã desta quarta-feira (2/12), que, segundo investigadores, o suspeito teria baleado o Don Juan e o colocado no carro achando que ele estava morto. A vítima, no entanto, acordou e chutou o vidro traseiro do veículo, estilhaçando-o. O agressor, então, colocou Guimarães no porta-malas e abandonou o carro no próprio condomínio, onde estaria escondido.

20151202002022Traumatismo craniano
Ainda na tarde de terça, ao chegar ao local, um bombeiro que mora no condomínio ajudou a retirar a vítima do veículo e constatou que ela tinha um traumatismo craniano grave, além de hemorragia na perna esquerda. A aeronave dos Bombeiros com um médico chegou a ir ao local, mas o homem não resistiu. A 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá) investiga o caso e trabalha com a possibilidade de acerto de contas.

Prisão
Antônio Carlos foi preso em agosto por aplicar golpes em mulheres com as quais se relacionava. A prisão foi feita por agentes da 10ª Delegacia de Polícia. O estelionatário, segundo as investigações, criava uma vida de ostentação nas redes sociais para atrair mulheres de classe alta, na maioria das vezes casadas. O prejuízo causado às vítimas foi estimado em ao menos R$ 300 mil.

O acusado usava o nome das mulheres para fazer compras, empréstimo ou até mesmo extorquia as vítimas ameaçando tornar público o caso extraconjugal. O perfil, hoje desativado, de Antônio no Facebook tinha fotos de casas no exterior, carros importados e bebidas caras.

Metrópoles