A taxa de desemprego no Brasil registrou 6,8% no trimestre encerrado em julho, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice representa uma redução de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando estava em 7,5%, e uma diminuição de 1,1 ponto percentual em comparação com o mesmo período de 2023, quando a taxa foi de 7,9%.
Este é o melhor resultado para um trimestre encerrado em julho desde 2014, quando a taxa era de 7%, sendo também o menor índice desde o trimestre encerrado em janeiro de 2014, que registrou 6,5%. Com a queda da taxa de desemprego, o número de pessoas desocupadas no Brasil diminuiu 9,5% em comparação com o trimestre anterior, totalizando 7,4 milhões de indivíduos. Em comparação ao mesmo trimestre do ano passado, o recuo foi de 12,8%.
A população ocupada alcançou um novo recorde histórico, estimada em 102 milhões de pessoas, um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 2,7% em comparação com o ano anterior, representando um acréscimo de 2,7 milhões de trabalhadores. O nível de ocupação, que indica o percentual de pessoas em idade de trabalhar que estão empregadas, subiu para 57,9%, enquanto a força de trabalho ativa aumentou para 109,5 milhões de pessoas.
O número de trabalhadores empregados com carteira assinada no setor privado chegou a 38,5 milhões, o maior valor da série histórica iniciada em 2012, enquanto os empregados sem carteira assinada atingiram 13,9 milhões, também um recorde. O setor de comércio foi o principal responsável por impulsionar a ocupação, com um aumento de 1,9% no trimestre, o que representa 368 mil novos postos de trabalho.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores permaneceu estável em comparação com o trimestre anterior, em R$ 3.206, enquanto a massa de rendimento real aumentou 1,9% no trimestre e 7,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando R$ 322,4 bilhões. A taxa de subutilização da força de trabalho caiu para 16,2%, o menor valor desde 2014, com uma redução de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior e de 1,6 ponto percentual em comparação anual.