O debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado pela RedeTV! e o portal Uol na manhã de terça-feira (17), foi novamente tumultuado, seguindo o clima de tensão gerado pelo recente incidente de agressão. O evento contou com a participação dos principais candidatos: Guilherme Boulos (PSOL), José Luiz Datena (PSDB), Marina Helena (Novo), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB). As cadeiras foram parafusadas no chão para evitar novas agressões após José Luiz Datena ter agredido Pablo Marçal com uma cadeira durante o debate da TV Cultura no domingo (15).
Durante o debate, Datena e Marçal trocaram acusações sobre o episódio da agressão. Marçal chamou Datena de “agressor” e comparou seu comportamento ao de um “orangotango”, enquanto Datena rebateu dizendo que não se orgulhava do ocorrido, mas agiu em defesa de sua família. O clima de confronto se intensificou, levando à interrupção do debate por conta de um altercação entre Ricardo Nunes e Marçal, que gerou gritaria e exigiu a intervenção da moderadora.
O debate também foi marcado por trocas de acusações pessoais entre os candidatos. Marçal fez uma série de ataques contra Ricardo Nunes e Datena, incluindo questões relacionadas a processos judiciais passados. Nunes, por sua vez, acusou Marçal de estar envolvido em atividades criminosas anteriores. Marina Helena (Novo) acusou Tabata Amaral de usar jatinhos particulares, o que Tabata negou, classificando a acusação como um “delírio grave”. Apesar do tumulto, o debate teve poucos momentos focados em propostas concretas para a cidade.
Após o debate, Datena e Marçal enfrentam investigações legais: a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a agressão de Datena, e Marçal apresentou uma representação criminal contra Datena por calúnia e difamação. O tumultuado debate e os subsequentes conflitos legais destacam a crescente tensão na corrida eleitoral para a Prefeitura de São Paulo.