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O bom exemplo de uma escola peculiar no Distrito Federal vai ganhar as telas de todo país.

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O bom exemplo de uma escola peculiar no Distrito Federal vai ganhar as telas de todo país.

Com diplomas nas mãos e muitas histórias para contar homens e mulheres antes esquecidos pela sociedade irão ter suas experiências contadas em um documentário que será distribuído por todo Brasil. O “Eu posso sonhar” mostrará que com esforço e dedicação de todos é possível mudança acontecer, na realização de um futuro melhor.

Através da Secretaria de Educação uma escola pública do DF em pleno parque da cidade tem feito a diferença na vida de vários homens, mulheres e adolescentes moradores de rua em Brasília. Muitos não fazem ideia, mas é bem no centro da Capital Federal que pessoas em situação social de vulnerabilidade, encontram uma chance de mudar suas realidades. A escola meninos e meninas do parque (EMMP), fundada em 1995 renova as esperanças de quem muitas vezes, nem um lugar para morar tem. A escola além de alfabetizar essas pessoas também procura profissionaliza-las, com atividades ligadas ao meio ambiente, como o plantio de hortas e jardins e expressões artísticas que ajudam na retomada da autoestima, para que voltem a sonhar e tenham perspectiva de vida e futuro.

Única no Distrito Federal a olhar para esses “invisíveis da sociedade”, a proposta é escolarizar jovens e adultos e ainda fazer a correção da idade em relação a série com base na particularidade de cada um, dispõe de uma maior quantidade de profissionais por aluno, visando a qualidade no aprendizado. No entanto, a inserção no mercado de trabalho, de forma digna e que possa de fato sustenta-los é também uma das preocupações dos profissionais que se dispõe a acolher e trabalhar com quem tem contado com a ajuda dessa unidade de ensino diferenciada. O que por si só já é uma iniciativa louvável, porém como se não bastasse a cerca de 2 anos um outro projeto brilhante de uma jovem brasiliense surgiu para dar maior notoriedade e incentivo a todos os envolvidos nesse processo de resgate e valorização de tantos que se encontram em situação de descriminação e exclusão social.

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Entusiasmados com a arrojada e desafiadora proposta de Educação da EMMP, em uma atitude totalmente visionária a diretora estreante Giselle Kyono, decidiu evidenciar esse projeto que tem ajudado tantas pessoas. Nascia então, a minissérie média-metragem de documentário “Eu posso sonhar” que já foi aprovada pela lei Rouanet e encontra-se em fase de pré-produção. Giselle Kyono e o diretor de fotografia Rafael Morbeck, juntamente com a Htron cinema e vídeo, ficaram encantados com o projeto, seus benefícios e mais ainda com as histórias por trás de cada “personagem”. Desejando agora, que todo esse rico material tome as telas de cinemas, festivais, tv’s aberta e fechada e ainda da internet, e em formato de dvd por todo Brasil, de forma totalmente gratuita para os telespectadores. Com o intuito de que mais pessoas marginalizadas e excluídas dentro sociedade possam saber que existem maneiras e iniciativas efetivas de darem a volta por cima em suas vidas. As redes sociais ajudam na divulgação e apoio ao média-metragem, e https://www.facebook.com/eupossosonharfilme é a página oficial de divulgação e apoio ao documentário.

Para o enriquecimento do média-metragem foram entrevistadas pessoas como a senhora Meire Romão (vide foto), que depois de participar e se dedicar aos estudos através do sistema de ensino da Escola Meninos e Meninas do Parque puderam realizar o sonho de se formar. Emocionada a senhora Meire declarou: “O dia mais feliz da minha vida foi quando vesti uma beca e segurei o diploma”. Muitas outras histórias de superação e sucesso estão à espera dos expectadores de “Eu posso sonhar”.

Por, Aline Diniz
Colunista/ Jornalista da Folha de Brasília.

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