Foto: Reprodução
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O passado circense e a primeira candidatura: quem eram as irmãs assassinadas em MT

A tragédia que envolveu as irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, abalou a comunidade de Porto Esperidião, localizada a 358 km de Cuiabá. Segundo um tio da família, que pediu anonimato, as jovens cresceram em um ambiente circense e sempre foram conhecidas por sua alegria. O tio relatou que a família possuía um pequeno circo, que foi encerrado devido à pandemia, forçando as irmãs a se mudarem com a avó em Indiavaí e, posteriormente, a Porto Esperidião para estarem mais próximas do avô materno.

Rayane era maquiadora e Rithiele cursava direito. O tio destacou o carinho que as irmãs recebiam na cidade, o que levou Rayane a se candidatar ao cargo de vereadora nas últimas eleições municipais. Ele enfatizou que, apesar de serem bem-quistas e envolvidas com a comunidade, a tragédia que ocorreu foi um duro golpe.

O crime ocorreu depois que as vítimas teriam feito uma foto no Rio Jauru, que supostamente simbolizava um número associado a uma facção rival. Câmeras de segurança capturaram o momento em que as irmãs, junto com o irmão e o namorado de Rithiele, foram sequestrados. Os criminosos exigiram dinheiro para poupá-los, e um dos jovens conseguiu escapar e alertar a polícia. O irmão das vítimas permanece hospitalizado, mas está em estado estável.

Até o momento, 11 pessoas foram detidas em conexão com o crime, sendo que uma adolescente foi liberada por falta de evidências. O principal suspeito, que supostamente ordenou o assassinato das irmãs enquanto estava na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá, foi isolado e um procedimento administrativo está sendo conduzido para investigar a possível utilização de celular dentro do presídio. A Justiça local também determinou a prisão preventiva dos quatro principais suspeitos e a internação de cinco adolescentes envolvidos no caso.

A investigação prossegue para identificar possíveis outros envolvidos, e a Secretaria Estadual de Segurança Pública está acompanhando de perto o desenrolar do caso. A comunidade local continua em choque com a brutalidade do crime, enquanto as autoridades tentam esclarecer todas as circunstâncias que levaram à morte das irmãs.