Operação da polícia e MP mira seis membros da Mancha Alviverde; computadores são confiscados na sede da torcida

Operação da polícia e MP mira seis membros da Mancha Alviverde; computadores são confiscados na sede da torcida

Foto: Divulgação/SSP

A Polícia Civil, em colaboração com o Ministério Público, desencadeou nesta sexta-feira (1º) uma operação para capturar seis torcedores da Mancha Alviverde, implicados na emboscada que resultou na morte de um torcedor da Máfia Azul e ferimentos em outros 17 no último domingo (27), em Mairiporã, na Grande São Paulo. Durante a manhã, os agentes se dirigiram à sede da Mancha Alviverde, localizada na Barra Funda, onde utilizaram equipamentos de arrombamento para acessar o local. Foram apreendidos computadores, documentos e dispositivos de pagamento, além de uma barra de ferro e uma mochila contendo roupas manchadas de sangue, que passarão por perícia.

A investigação revelou que, no dia do crime, o suspeito principal, João Victor Silveira Vilaça, foi à casa da mãe para pegar seu carro. Ao ser impedido, ele a atacou com uma faca, posteriormente fugindo com o veículo e levando televisores e cartões bancários. Após a emboscada, os torcedores palmeirenses utilizaram “miguelitos” para furar os pneus dos ônibus da Máfia Azul, incendiando um deles e depredando o outro. A vítima, José Victor Miranda, de 30 anos, sofreu queimaduras e faleceu em decorrência do ataque.

Dos seis torcedores da Mancha Alviverde procurados, três são líderes da torcida e suas prisões foram decretadas pela Justiça. Os outros três também têm prisões temporárias estabelecidas. Até a última atualização, nenhum dos procurados havia se apresentado às autoridades. O pai de um dos líderes da torcida lamentou a morte do torcedor cruzeirense, mas negou a participação de seu filho no crime.

A investigação está focada em crimes graves, incluindo homicídio e incêndio, com indícios de que as torcidas atuam como facções criminosas. A motivação por trás do ataque parece ser uma vingança após um confronto ocorrido em 2022, quando o presidente da Mancha foi agredido por membros da Máfia Azul em Minas Gerais. Em resposta à situação, a Federação Paulista de Futebol anunciou que acatará recomendações do Ministério Público para proibir a entrada da Mancha Alviverde em estádios no estado.