A quarta fase da Operação Resgate, realizada ao longo de agosto, resultou no resgate de 593 pessoas em condições de trabalho análogo à escravidão, um aumento de 11,65% em relação ao ano passado. A operação foi conduzida em 15 estados e no Distrito Federal, com a colaboração de seis órgãos federais. Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco e o Distrito Federal foram os estados com o maior número de resgatados.
A maioria dos resgatados, cerca de 72%, estava empregada na agropecuária, enquanto 17% trabalhavam na indústria e 11% no comércio e serviços. As atividades predominantemente encontradas incluem cultivo de cebola, batata, horticultura, lavoura de café e plantação de alho. No setor urbano, a maioria estava envolvida na fabricação de álcool, administração de obras e atividades de psicologia.
O subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho, Fábio Leal Cardoso, destacou o impacto histórico da escravidão no Brasil, enfatizando que a nação ainda carrega um legado de desigualdade e exploração. Além disso, 18 crianças e adolescentes foram identificados em situação de trabalho infantil, com 16 delas encontradas em condições semelhantes à escravidão.
A operação reflete um esforço contínuo para combater práticas de trabalho escravo e proteger os direitos dos trabalhadores, especialmente nas áreas mais vulneráveis e no campo, onde a exploração é mais prevalente.