Foto: einstein.br
Foto: einstein.br
Foto: einstein.br

Pacientes com esclerose múltipla no DF enfrentam dificuldades no acesso a medicamentos de alta eficácia

Foto: einstein.br

Pacientes com esclerose múltipla no DF enfrentam dificuldades no acesso a medicamentos de alta eficácia

No Distrito Federal, pacientes com esclerose múltipla estão enfrentando a progressão dos sintomas devido à dificuldade de acesso a medicamentos de alta eficácia na rede pública. A doença neurológica, crônica e autoimune, afeta cerca de 40 mil pessoas no Brasil, provocando sintomas como embaçamento da visão, fadiga intensa e perda de sensibilidade. Nesta sexta-feira (30), Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, a falta de acesso adequado às medicações é destacada como um problema significativo.

A Secretaria de Saúde do DF afirma que fornece medicação para 450 pessoas com esclerose múltipla pelo SUS e nega a falta de remédios. No entanto, a médica Priscilla Proveti destaca que a disponibilidade de medicamentos de baixa eficácia não é suficiente para impedir a progressão da doença. No SUS, os pacientes têm acesso a sete medicamentos com 11 apresentações distintas, mas apenas dois desses, Alentuzumabe e Natalizumabe, são considerados de alta eficácia.

O Ministério da Saúde garante que a demanda para o tratamento de esclerose múltipla no DF está em dia e que a compra dos medicamentos é realizada com base em solicitações trimestrais das secretarias de saúde. No entanto, a médica Priscilla Proveti alerta que a falta temporária de alguns medicamentos pode levar a surtos que podem resultar em sequelas graves, como perda definitiva da visão e limitação de movimentos.

Na rede pública, os medicamentos estão disponíveis em três farmácias do Componente Especializado em Brasília, mas a presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla do Distrito Federal e Entorno (Apemigos), Ana Paula Morais, denuncia que o desabastecimento ocorre com frequência. Na rede privada, o custo dos tratamentos pode variar entre R$ 5 mil e R$ 50 mil por dose, tornando o acesso uma questão crítica para muitos pacientes.