A fumaça das queimadas que têm afetado diversas regiões do Brasil, como Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, levanta preocupações não só entre ambientalistas, mas também entre médicos e especialistas em saúde pública. Essa fumaça é composta por substâncias tóxicas, incluindo gases como o monóxido de carbono (CO) e partículas muito finas, conhecidas como PM2.5, que ficam suspensas no ar e podem penetrar profundamente no sistema respiratório.
Esses poluentes são altamente prejudiciais à saúde e podem piorar condições respiratórias, como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), além de elevar o risco de doenças cardíacas. Especialistas alertam para o aumento das internações por problemas respiratórios e cardiovasculares, ressaltando que os efeitos de longo prazo ainda são difíceis de prever, mas certamente trarão um impacto significativo no sistema de saúde.
Um relatório recente da Organização Meteorológica Mundial (OMM) reforça esse alerta, destacando como a exposição crescente a poluentes atmosféricos intensifica os riscos à saúde. De acordo com o documento, eventos extremos como incêndios florestais têm aumentado a concentração de partículas finas em diversas regiões do mundo, agravando a poluição do ar e seus efeitos nocivos.
Entre os componentes tóxicos da fumaça estão materiais particulados (PM2.5), monóxido de carbono, compostos orgânicos voláteis (COVs), óxidos de nitrogênio (NOx) e metais pesados, como chumbo e mercúrio. Todos esses elementos podem causar sérios problemas de saúde, desde irritações respiratórias até doenças crônicas, infecções pulmonares e intoxicações graves.
O Ministério da Saúde recomenda medidas para reduzir a exposição à fumaça, como aumentar a ingestão de líquidos, permanecer em ambientes fechados e ventilados, evitar atividades físicas durante picos de poluição, usar máscaras apropriadas e buscar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios ou crises de saúde. Crianças, idosos e pessoas com doenças preexistentes devem redobrar os cuidados.