O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que o opositor Juan González será preso automaticamente caso tente retornar ao país. A ameaça foi divulgada nesta terça-feira (12), em um contexto de crescente tensão política. González, que atualmente vive no exílio, é um dos principais aliados do opositor Juan Guaidó e tem sido alvo de acusações do governo de Nicolás Maduro.
Saab afirmou que o exilado será detido assim que pisar em solo venezuelano, devido às acusações de envolvimento em atos que prejudicaram o estado do país. O procurador não especificou quais acusações exatas seriam, mas destacou que o governo da Venezuela continua a tratar as ações de opositores como crimes contra a pátria. A retórica agressiva do governo tem aumentado, com intensificação das perseguições políticas.
A oposição venezuelana reagiu com indignação à declaração de Saab, acusando o governo de Maduro de continuar com sua política de repressão e violação dos direitos humanos. González, por sua vez, afirmou que nunca retornará enquanto as condições no país não forem adequadas para o exercício da democracia e da liberdade de expressão.
Esse episódio reflete a continuidade da crise política na Venezuela, onde a polarização e os conflitos entre governo e oposição seguem intensos. Organizações internacionais alertam para a violação de direitos e a falta de garantias de justiça no país.