A proposta que visa reduzir a jornada de trabalho para o modelo 6×1, com seis dias de trabalho e um dia de descanso, obteve assinaturas suficientes na Câmara dos Deputados e será protocolada para tramitação. Segundo a deputada que lidera o projeto, a medida atende a um pedido de flexibilização e visa melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, permitindo um dia de descanso semanal fixo. A proposta ainda gera debates sobre os impactos nas rotinas profissionais e na produtividade.
A deputada acredita que a flexibilização pode ajudar a criar um equilíbrio melhor entre vida profissional e pessoal, além de proporcionar um descanso semanal regular para os trabalhadores. Esse modelo seria uma adaptação para setores onde o 5×2 (cinco dias de trabalho e dois de descanso) não é viável, como comércio e serviços essenciais. Assim, o objetivo é beneficiar trabalhadores que atualmente têm jornadas extenuantes e poucas oportunidades de folga regular.
Entretanto, a proposta enfrenta resistência de setores que afirmam que a mudança pode elevar custos e impactar negativamente a produção. Representantes empresariais têm manifestado preocupação com o aumento de contratações ou com a necessidade de escalas diferenciadas, o que poderia acarretar em despesas extras e alterações na dinâmica de operação das empresas, especialmente em áreas que já operam com turnos apertados.
A discussão sobre o projeto deverá ser aprofundada nas comissões temáticas da Câmara, onde serão analisados pontos específicos do texto. A expectativa é de que o tema seja debatido com participação de sindicatos, empresários e especialistas em recursos humanos, para avaliar os potenciais benefícios e desafios do novo modelo de jornada.