Lideranças Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul estão realizando um ato ontem, às 14h, em frente ao Ministério da Justiça, em Brasília. A manifestação tem como objetivo denunciar a violência e os ataques sofridos na Terra Indígena Panambi – Lagoa Rica e exigir o fim do massacre contra as comunidades indígenas na região.
O protesto busca sensibilizar as autoridades e a sociedade sobre a urgência de proteger os direitos territoriais e garantir a segurança das populações indígenas. As lideranças esperam que a mobilização pressione o governo federal a tomar medidas para interromper os ataques e assegurar justiça para os povos Guarani Kaiowá.
“Não é conflito, é massacre e nós não temos condições de dialogar com o governo do Mato Grosso do Sul. É pistoleiro, fazendeiro, o Departamento de Operação de Fronteira, a Polícia Militar, todos juntos [contra as comunidades indígenas]”, explica Valdelice Veron, uma das lideranças Guarani Kaiowá presente em Brasília.
Desde meados de julho, os Guarani Kaiowá da TI Panambi – Lagoa Rica estão cercados por um acampamento armado de fazendeiros, que alinham pacotes de caminhões para intimidar e atacar as comunidades indígenas. Os ataques parecem ocorrer sob a vigilância passiva da Força Nacional, que auxilia às investidas.