O presidente Vladimir Putin anunciou nesta segunda-feira (16) um significativo aumento no efetivo militar da Rússia, com a ampliação de 180.000 soldados, elevando o número total de militares ativos para 1,5 milhão. Este é o terceiro ajuste no tamanho das forças armadas desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. A decisão reflete uma estratégia contínua para reforçar a capacidade militar russa no conflito em andamento.

De acordo com um decreto divulgado no site oficial do Kremlin, o número total de integrantes das forças armadas russas será ampliado para 2,38 milhões. Destes, 1,5 milhão serão soldados ativos, enquanto o restante incluirá pessoal de apoio e outras funções. Antes dessa ordem, Putin havia implementado dois aumentos anteriores no número de tropas, com adições de 137.000 e 170.000 soldados, respectivamente, para fortalecer o esforço de guerra.

Além desses aumentos formais no número de soldados, a Rússia também realizou uma mobilização significativa de mais de 300.000 recrutas durante os meses de setembro e outubro de 2022. Este movimento de recrutamento levou muitos homens em idade de serviço a abandonar o país para evitar a conscrição, gerando uma crise interna e uma onda de emigração.

Apesar do recente aumento no efetivo militar, o Kremlin afirmou que não há planos imediatos para uma nova mobilização em larga escala. Em vez disso, a estratégia atual se concentra na atração de voluntários que se alistam com contratos vantajosos, oferecendo incentivos financeiros para aqueles dispostos a se engajar no conflito na Ucrânia.