Foto: PCDF/Divulgação
Foto: PCDF/Divulgação

Quadrilha que roubava e clonava carros ‘de motor potente’ é presa no DF

Segundo investigações, crimes eram encomendados por receptadores. Quando recuperados, alguns veículos eram rastreados pelos criminosos, e suspeitos voltavam a abordar vítimas.

A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quinta-feira (12), uma organização criminosa especializada em roubar carros no Distrito Federal. Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão e 10 mandados de busca e apreensão no Recanto das EmasRiacho Fundo e Santa Maria.

Segundo as investigações, o grupo é responsável pelo roubo de, pelo menos, 15 veículos. Conversas entre os suspeitos, obtidas pela reportagem, mostram que os criminosos tinham preferência por “carros de motor potente”. Até a publicação dessa reportagem, 11 pessoas haviam sido detidas.

De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso era dividido em três núcleos:

  • Chefes: que recebiam os pedidos de receptadores dos carros e organizavam o roubo ou furto de veículos com as mesmas características.
  • Executores: ladrões que roubavam e furtavam os carros.
  • Adulteradores: responsáveis por alterar os sinais identificadores dos veículos para que eles fossem comercializados com os receptadores.

Veículos rastreados

Durante a investigação, a polícia constatou que após o furto ou roubo, o carro era deixado em um lugar público por 24 horas, para os criminosos monitorarem se a polícia ou a vítima iria atrás do veículo, o que chamam de “período de resfriamento”.

Passado esse tempo, o carro era levado para outro local, e os sinais identificadores do automóvel eram alterados. A partir disso, em alguns casos, o grupo instalava rastreadores nos veículos para localizá-los e roubá-los em seguida, caso fossem recuperados pela polícia.

A estratégia de monitorar o automóvel furtado foi usada em um crime ocorrido no Cruzeiro, em setembro do ano passado. Os criminosos instalaram um rastreador no carro e passaram a monitorar o veículo. O automóvel chegou a ser recuperado pelo proprietário, mas os ladrões tentaram roubá-lo novamente, em um estacionamento em Taguatinga.

Agora, os presos vão responder por organização criminosa e roubo majorado. A pena prevista para esse tipo de crime pode chegar a 18 anos de prisão.

G1