Cinco dias após a queda do avião da Voepass no condomínio Recanto Florido em Vinhedo, no interior de São Paulo, os desafios persistem para as autoridades que investigam o acidente que tirou a vida de 62 pessoas, incluindo 58 passageiros e 4 tripulantes.
O desastre ocorreu na sexta-feira, dia 9, por volta das 13h20. O voo 2283 da Voepass partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Desde então, a Força Aérea Brasileira (FAB), junto com a Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil de São Paulo, conduz as investigações para entender as causas do acidente.
No domingo, dia 11, após a retirada dos corpos, os motores e a cauda do avião foram encaminhados para análise pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). No entanto, a remoção dos pertences pessoais das vítimas, prevista para a segunda-feira, dia 12, foi interrompida devido à descoberta de novos materiais genéticos nos destroços, o que exigiu a intervenção da Polícia Científica.
As etapas seguintes incluem a remoção de materiais genéticos, triagem e retirada dos itens pessoais pelas autoridades e pela seguradora da Voepass, além da limpeza do local e, posteriormente, obras de reconstrução. O Cenipa já finalizou sua coleta de dados no local, mas a análise das informações e a elaboração do relatório preliminar sobre o acidente levarão, no mínimo, 30 dias.
A investigação segue sem caráter punitivo, focada na prevenção de futuros acidentes semelhantes. Contudo, a falta de algumas gravações de voo na caixa-preta da aeronave pode dificultar a apuração das causas. A Polícia Federal também está envolvida na análise dos dados e na investigação de possíveis crimes relacionados ao acidente, mas o processo pode se estender por vários meses antes de qualquer conclusão.