Dois detentos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, que fugiram da Penitenciária Federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte, foram recapturados após 50 dias em Marabá, Pará. Eles escaparam em 14 de fevereiro e foram pegos a aproximadamente 1,6 mil quilômetros de distância do local de origem. Esta fuga foi destacada por ser a primeira desde a criação do sistema penitenciário federal em 2006, que visa isolar criminosos de alta periculosidade.

Investigações preliminares sugerem que os fugitivos aproveitaram uma reforma interna na prisão para fugir, utilizando ferramentas encontradas no local. Havia suspeitas de que eles tiveram ajuda externa, inclusive com comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a possibilidade de assistência na fuga. No entanto, a corregedoria-geral não encontrou evidências de corrupção, apenas indícios de falhas nos procedimentos de segurança.

Para tratar das falhas identificadas, o Ministério da Justiça e Segurança Pública iniciou três Processos Administrativos Disciplinares, envolvendo dez servidores, e outros 17 servidores deverão assinar Termos de Ajustamento de Conduta, comprometendo-se a não repetir os erros e a passar por cursos de reciclagem. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, programou um pronunciamento sobre as prisões e as investigações.