Reitor da UnB defende parcerias privadas como forma de garantir pesquisas

O reitor da Universidade de Brasília (UnB), Ivan Camargo, disse que conseguiu garantir, na última semana, os recursos para custeio da universidade até o fim de 2015, após longa negociação com o Ministério da Educação.

À frente da instituição desde 2012, Camargo disse que os cortes nos orçamentos das universidades públicas este ano prejudicaram ainda mais a UnB, que há alguns anos já estava com as contas desequilibradas em termos de custeio, “gastando mais do que podia e investindo pouco”.

A UnB é uma das maiores instituições de ensino superior do Brasil, com 107 cursos de graduação e 170 de pós-graduação. Atualmente, a universidade tem 36.944 estudantes de graduação matriculados, 8.125 alunos em cursos de pós-graduação e cerca de 2.500 docentes. A universidade tem 4 campi no Distrito Federal, ocupando uma área de 4.787.449 m².

Durante a conversa, o reitor falou sobre a necessidade de investimentos em instalações físicas e de parcerias com a iniciativa privada como uma saída para que as universidades públicas diversifiquem as fontes de receita para pesquisa no país e garantam recursos mesmo em tempos de crise econômica.

Este ano, Camargo enfrentou a paralisação de trabalhadores técnico-administrativos que durou 133 dias. A greve comprometeu serviços como a emissão de documentos para docentes e alunos e o acesso à biblioteca, que ficou aberta em horário reduzido e sem emprestar livros. A principal demanda da categoria era a reposição das perdas salarias dos últimos anos, mas eles também pediam mais recursos para as universidades – além dos funcionários da UnB, servidores de mais 64 instituições federais fizeram greve e voltaram a trabalhar no dia 8 de outubro.

Doutor em engenharia elétrica, Ivan Camargo começou a atuar como professor da UnB em 1989. Durante entrevista concedida à Agência Brasil, ele disse que a instituição está entre as 500 melhores universidades do mundo, mas avalia que poderia ocupar uma posição melhor. “Estamos na capital do Brasil, deveríamos estar entre as 100 melhores, pelo menos. Precisamos dar um salto.”

Fonte: Ebc