Começa nesta quinta-feira (14), no Rio de Janeiro, o G20 Social, com representantes de favelas apresentando demandas diretamente ao presidente Lula. Em um evento no Complexo da Penha, na Zona Norte, nesta quarta-feira (13), um documento intitulado “Communiqué” foi apresentado pela primeira vez. Ele reúne os desafios e as necessidades de moradores de mais de 3 mil favelas em 51 países onde a Cufa (Central Única das Favelas) atua, trazendo visibilidade para rostos e histórias da comunidade.
É a primeira vez que a população de favelas tem uma voz em um documento do G20 por meio do G20 Social. Ao invés de levar as questões das favelas para fora, o evento global está sendo integrado dentro da própria favela, com cada item do “Communiqué” escrito diretamente por moradores, considerando as particularidades e semelhanças das favelas ao redor do mundo.
O documento aborda temas como transporte, segurança, os desafios enfrentados por mulheres que sustentam suas famílias sozinhas e a luta contra o estigma de ser morador de comunidade. Cada ponto busca chamar atenção para problemas enfrentados diariamente e que merecem um olhar mais inclusivo e atento.
Essas reivindicações, organizadas no “Communiqué”, serão entregues ao presidente Lula durante o G20 Social na Zona Portuária do Rio, evento que incorpora a participação ativa da sociedade civil. Questões como desigualdade social, fome, direitos humanos e sustentabilidade são pautas principais, reforçando o papel da sociedade na transformação dessas realidades.
Para o ministro Márcio Macêdo, coordenador do G20 Social, a importância do evento está em colocar essas discussões centrais na mesa com propostas concretas. Ele afirma que a pressão da sociedade e a articulação política internacional são fundamentais para promover mudanças efetivas, reforçando o potencial do G20 Social de influenciar não só o Brasil, mas o mundo.