Imagem: Arquivo Pessoal
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Réu preso por desaparecimento de Anic admite homicídio; defesa em busca de delação para identificar o mandante

Nesta sexta-feira (30), a defesa de Lourival Correa Netto Fadiga, conhecido como Gordo ou Fatica, réu no caso Anic Peixoto Herdy, revelou que um segurança admitiu ter matado a advogada. Até então, Lourival, seus dois filhos e sua amante eram investigados por extorsão e pelo desaparecimento de Anic. De acordo com a defesa, o assassinato ocorreu em 29 de fevereiro, o mesmo dia em que Anic foi vista pela última vez em Petrópolis. Os advogados agora prometem levar a polícia ao local do corpo, que supostamente está na Região Serrana do Rio de Janeiro.

Lourival está detido desde maio e enfrenta acusações relacionadas ao desaparecimento e extorsão. A advogada de Lourival está negociando uma delação premiada com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), na qual Gordo deve revelar o suposto mandante do crime. Segundo ela, a trama incluiu um sequestro forjado e extorsão, mesmo após o homicídio, como parte dos planos do autor intelectual.

A defesa afirma que Anic era amante de Lourival e foi com ele por vontade própria no dia do crime, portanto não houve sequestro, apenas homicídio. No entanto, detalhes sobre o suposto mandante ainda não foram divulgados. O MPRJ confirmou que estava discutindo uma delação, mas ainda não houve um acordo sobre os benefícios. Novas provas serão avaliadas fora do contexto de colaboração premiada.

Recentemente, novas evidências obtidas pela 105ª DP de Petrópolis levaram o MPRJ a solicitar que os réus também sejam responsabilizados pela morte de Anic. Mensagens trocadas entre Gordo e Rebecca Azevedo dos Santos, suposta amante de Lourival, indicam o assassinato e que o corpo da vítima já estaria irreconhecível. O corpo de Anic ainda não foi encontrado.

O sequestro forjado resultou em um prejuízo de R$ 4,6 milhões, pagos pelo marido de Anic, Benjamin Cordeiro Herdy, que não sabia estar sendo extorquido. Lourival, que trabalhava para Benjamin, é acusado de arquitetar o plano criminoso. As investigações mostraram que os réus utilizaram o dinheiro do resgate para adquirir itens de luxo e investir em criptomoedas, além de lavar o dinheiro através de uma loja de celulares. A Polícia Federal investigará a lavagem de dinheiro, enquanto parte dos fundos já foi devolvida à família de Benjamin.