Yuri Oliveira vai entrar no mercado de trabalho do jeito que sonha todo dia que se desloca de Campo Grande, na zona oeste, até a Vila Olímpica da Mangueira, na zona norte do Rio de Janeiro: “Sentindo o clima olímpico e trabalhando com esporte”, diz o estudante de 19 anos, um dos 455 jovens entre 18 e 22 anos que terão a oportunidade de trabalhar, com carteira assinada e benefícios trabalhistas, nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Aluno do primeiro período de Fisioterapia, o carioca de 19 anos que cursa a faculdade graças a uma bolsa recebida por seu desempenho como jogador de handebol experimentou, na segunda-feira (9), um pouco da sensação de estar sob os mesmos holofotes da fama que os atletas Olímpicos viverão a partir de agosto.
Chamado ao palco sob aplausos de seus colegas, Yuri assinou sua contratação pelo programa Jovem Aprendiz do Desporto, iniciativa do Ministério do Trabalho e da Previdência Social – em parceria com os ministérios do Esporte, da Educação e Cultura com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), entre outras. A iniciativa oferece curso de capacitação técnica profissional certificada pelo Pronatec, no Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), além da possibilidade de atuar diretamente, a partir de 1 de julho, na organização dos Jogos.
Experiência no currículo
O curso capacita prepara profissionais para trabalhar em clubes sociais, academias e eventos esportivos. Para começar, o maior evento esportivo do mundo: os 455 jovens estão contratados por sete empresas prestadoras de serviço para atuar na área de atendimento ao público durante o Rio 2016.
“É muito importante que vocês estejam nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, uma experiência única para ter no currículo”, disse Agemar Sanctos, diretor de relações internacionais do Rio 2016. “Estes jovens vão trabalhar com a elite do esporte mundial, ajudando na gestão e recepção do público”, completa Henrique Gonzalez, diretor de recursos humanos do Comitê Organizador.
A turma, que começou com uma aula magna realizada no Teatro Castro Alves, no centro do Rio, terá 400 horas de aulas teóricas, no turno inverso ao da escola, divididas em duas etapas. A primeira é de 9 de maio a 30 de junho, com intervalo durante os Jogos Olímpicos. Os alunos retornam para a sala de aula após os Jogos Paralímpicos, no final de setembro, e concluem o curso em 21 de dezembro.
A ansiedade dos jovens, porém, está focada na contagem regressiva para o início da trajetória profissional no mundo dos esportes pela porta da frente dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. “Trabalhar no Rio 2016 vai me abrir muitas oportunidades e possibilidades de trabalhar com o público e o esporte, o que é muito gratificante porque é tudo o que sempre quis”, afirma Yuri.
Por Rio 2016