O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o tenente Marcos Gabriel Silva Mendes, da Polícia Militar, pela morte do empresário Rhuan Rodrigues Pereira, de 20 anos, ocorrida em agosto em São Gonçalo, Região Metropolitana do RJ. Segundo a promotoria, o policial, lotado no 7º BPM, agiu com motivo torpe e usou recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A abordagem, que terminou com disparos fatais, é contestada pela família e por testemunhas.
De acordo com as investigações, o tenente atirou três vezes com um fuzil contra o carro de Rhuan, que fazia uma manobra na Rua Heitor Rodrigues, próxima à BR-101. Os tiros, desferidos pelas costas, atingiram órgãos vitais e causaram a morte do jovem após cirurgia de emergência. A polícia inicialmente alegou confronto, versão refutada pelas provas e relatos coletados.
O MPRJ destacou que o policial agiu com desprezo pela vida humana, baseando-se apenas em suspeitas infundadas de que o veículo poderia estar envolvido em crimes. Testemunhas revelaram que Rhuan e seu primo Lucas estavam a caminho de um bar, seguidos por duas amigas em uma motocicleta, que presenciaram os disparos. Segundo relatos, os PMs estavam em uma viatura com luzes apagadas, dificultando que o empresário percebesse a abordagem.
Familiares e amigos de Rhuan descreveram-no como um trabalhador de bom caráter, ressaltando a injustiça da ação policial. O MPRJ solicitou que o tenente seja julgado pelo Tribunal do Júri. Até o momento, a Polícia Militar e a defesa do acusado não se manifestaram sobre o caso.