Torcedores israelenses que estavam em Amsterdã para assistir ao jogo entre Ajax e Maccabi Tel Aviv, pela Liga Europa, enfrentaram violência na cidade após o confronto na noite de quinta-feira (7). O ataque resultou em cinco pessoas hospitalizadas e 62 detidos. A situação já estava tensa antes da partida, com provocações de ambos os lados e manifestações pró-Palestina nas ruas. Imagens capturadas mostram torcedores e manifestantes em confrontos, além de ações como o incêndio de uma bandeira palestina e cânticos a favor de ataques israelenses.
O governo de Israel reagiu rapidamente, caracterizando os ataques como antissemitas e acusando a violência contra seus cidadãos. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que os torcedores foram vítimas de um atentado premeditado por motivos antissemitas, comparando os ataques a ações de terrorismo. O governo israelense enviou aviões para repatriar os cidadãos afetados pela violência, enquanto a Polícia de Amsterdã fez 62 prisões, incluindo menores de idade, e iniciou uma investigação sobre possíveis motivações antissemitas.
A situação reflete o contexto da guerra entre Israel e Hamas, que tem gerado tensões globais. O incidente gerou repercussões internacionais, com líderes de países como França, Alemanha e Holanda condenando as agressões. O primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof, considerou os ataques inaceitáveis, prometendo processar os responsáveis e reforçar a segurança para a comunidade judaica no país. Enquanto isso, o novo ministro de Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa’ar, viajou para Amsterdã em uma missão diplomática urgente.
Além dos ataques físicos, houve uso de fogos de artifício e destruição de propriedades, como o arrancamento de bandeiras. A polícia de Amsterdã informou que a investigação levará em conta a motivação antissemitista, e as autoridades locais trabalham para responsabilizar os culpados pela violência.