O presidente Lula vetou o projeto aprovado na Câmara dos Deputados que previa o aumento no número de parlamentares em comissões e representações internacionais. A proposta, disfarçada de aprimoramento da atuação legislativa, na prática ampliaria os gastos públicos com passagens, diárias e estruturas que já consomem cifras milionárias. O veto foi justificado pelo aumento injustificado de despesas para os cofres da União.
A medida fazia parte de um movimento rotineiro dentro do Congresso: inflar estruturas internas para beneficiar parlamentares com mais influência, viagens e cargos. Em vez de discutir eficiência e contenção de custos, a Câmara parecia mais interessada em expandir seus próprios privilégios. A tentativa de ampliar a presença internacional de deputados soa, na atual conjuntura, como um gesto de autopromoção — às custas do contribuinte.
Ao barrar o projeto, o governo sinaliza que é possível — e urgente — impor limites ao apetite de uma estrutura que insiste em ignorar a realidade do país. Enquanto milhões enfrentam cortes em áreas essenciais, parte do Parlamento segue priorizando autopreservação e conforto. É hora de virar o jogo e discutir o que realmente importa: um serviço público eficiente, austero e conectado às necessidades da população.
Folha de Brasília, Da redacão