De acordo com o Banco Central (BC), o maior valor registrado no Sistema de Valores a Receber (SVR) é de R$ 30,4 milhões, disponível para saque desde janeiro de 2022. Esse montante, pertencente a uma pessoa jurídica, representa 1,78% dos valores acima de R$ 1.000 que ainda não foram resgatados das instituições financeiras.
Entre as pessoas físicas, a maior quantia não resgatada é de R$ 11,2 milhões. Mesmo que esses valores sejam recuperados, eles representariam apenas 0,48% do total de R$ 8,56 bilhões disponíveis no sistema. O maior saque realizado por uma pessoa física foi de R$ 2,8 milhões em julho do ano passado, enquanto a maior quantia retirada por uma pessoa jurídica foi de R$ 3,3 milhões, em março do mesmo ano.
Atualmente, cerca de 42 milhões de pessoas físicas e mais de 3,6 milhões de pessoas jurídicas ainda possuem valores esquecidos em contas bancárias. A maior parte desse montante, 63%, corresponde a valores inferiores a R$ 10, totalizando aproximadamente R$ 5,3 bilhões.
A Câmara dos Deputados aprovou recentemente um projeto que propõe transferir os R$ 8,5 bilhões não reclamados para o governo. O projeto estabelece que os titulares de contas bancárias sem movimentação terão um prazo de 30 dias após a publicação da lei para resgatar os valores. O texto aguarda a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso seja sancionado na íntegra, as novas regras entrarão em vigor, e se houver veto, o Congresso decidirá sobre a aceitação ou rejeição do mesmo.
