Appy destaca o tempo como principal desafio para aprovação da Reforma Tributária em 2024

Appy destaca o tempo como principal desafio para aprovação da Reforma Tributária em 2024

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O economista Bernard Appy, responsável pela formulação da reforma tributária em andamento, destacou que o principal desafio para a aprovação da proposta em 2024 será o tempo disponível para sua análise e votação. Em entrevista, Appy ressaltou que a complexidade da reforma exige um debate detalhado e amplo no Congresso, o que pode dificultar a concretização da mudança ainda no próximo ano. Ele afirmou que, embora o governo tenha o desejo de aprovar a reforma em 2024, o ritmo das discussões pode afetar a viabilidade de sua implementação.

A reforma tributária proposta busca simplificar o sistema de impostos no Brasil, substituindo diversos tributos por um imposto sobre valor agregado (IVA) e criando um novo modelo de distribuição de receitas entre União, estados e municípios. Segundo Appy, a mudança é essencial para aumentar a competitividade do país e reduzir a carga tributária sobre as empresas, mas para isso será necessário superar resistências políticas e encontrar um equilíbrio entre os diferentes interesses regionais e setoriais.

Appy também apontou que a reforma enfrenta desafios relacionados ao alinhamento entre os governos federal, estadual e municipal. A divisão de receitas e a compensação entre as diferentes esferas do poder são questões sensíveis que exigem negociação e consenso entre os entes federativos. Para o economista, a reforma precisa ser aprovada de forma técnica, sem ceder a pressões pontuais que possam comprometer sua eficácia a longo prazo.

Apesar dos obstáculos, Appy se mostrou confiante de que a reforma tributária trará benefícios significativos para a economia brasileira no futuro, especialmente se for implementada de maneira gradual. A proposta ainda passará por ajustes e refinamentos, mas a expectativa é que, mesmo com o desafio do tempo, o projeto avance de maneira substancial nos próximos meses, com uma possível votação no Congresso em 2024.