Durante 20 dias, quase 2,5 mil atletas disputaram 800 medalhas em 111 jogos e provas nos primeiros Jogos Abertos de Brasília. Na tarde deste sábado (31), a competição chegou ao fim com as decisões de vôlei e de futsal, no ginásio poliesportivo do Cruzeiro. Mesmo valendo medalha de ouro, o ambiente era de confraternização e de expectativa pela próxima edição, prevista para o segundo semestre de 2016.
“Foi uma grande festa”, resumiu Silvano Rodrigues Fernandes, de 49 anos. O mais velho em quadra hoje, o veterano atua como meio de rede na equipe representante do Park Way, vice-campeã masculina. “Perder a decisão é o que menos importa, pois depois daqui já temos uma comemoração com o time vencedor e nossas famílias”, disse o corretor de imóveis autônomo.
No feminino, a professora de educação física Raquel Pereira, de 30 anos, garantiu o pódio para Ceilândia com uma cortada certeira após quase uma hora e dez minutos de partida contra o Núcleo Bandeirante. “Começamos como um time de fim de semana e agora chegamos ao primeiro título”, comemora a atleta de 1,70 metro, que, na posição de oposto, se agigantou frente às rivais mais altas.
Integração
Com seis modalidades em disputa, além do basquete em cadeira de rodas, 28 equipes representaram as 31 regiões administrativas de Brasília (algumas competiram juntas). Na opinião de Francisco Xavier, coordenador-geral dos jogos e servidor da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer (fusão das Secretarias de Educação e do Esporte e Lazer), o evento cumpriu com os objetivos principais. “Integrou a comunidade por meio do esporte e resgatou o amor dos competidores por suas regiões.”
Durante a cerimônia de premiação, o administrador do Sudoeste/Octogonal e do Cruzeiro, Paulo Feitosa, entregou o troféu de primeiro lugar às equipes campeãs.
O torneio foi promovido pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, com patrocínio da Federação das Indústrias do Distrito Federal, que bancou integralmente os custos dos prêmios e das taxas de arbitragens.
Planos
Desde os antigos Jogos Abertos do Distrito Federal, em 1994, não ocorriam competições como essa, aberta à população. Satisfeito com a nova roupagem e com os resultados, Xavier projeta incluir mais modalidades no próximo ano. “Queremos chegar a dez”, revela. De acordo com ele, ginástica olímpica, mais tipos de provas de natação e de atletismo e ampliação dos esportes para pessoas com deficiência estão entre as prioridades.
Fonte: Agência Brasília