Na última sexta-feira (25), o ex-presidente Jair Bolsonaro entrou com uma queixa-crime no 3º Juizado Especial Criminal de Brasília contra o hacker Walter Delgatti por calúnia.
Os advogados de Bolsonaro requerem que o hacker seja convocado a depor, enfrentando a acusação de calúnia, por ter imputado falsamente ao ex-presidente a ação de grampear o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Durante seu depoimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre os eventos de 8 de janeiro, Delgatti afirmou que Bolsonaro teria lhe solicitado para assumir a autoria de um grampo envolvendo Moraes.
“Nesse contato, o presidente [Bolsonaro] entrou em comunicação comigo. Segundo ele, havia um grampo do ministro Moraes. Ele [Bolsonaro] alegou que havia diálogos comprometedores do ministro e que precisavam que eu assumisse a responsabilidade por esse grampo”, disse Delgatti.
Na mesma ocasião, o hacker declarou que Bolsonaro também teria feito uma promessa de conceder um indulto caso Delgatti fosse detido.
“Ele [Bolsonaro] mencionou que esse suposto grampo foi executado por agentes de outro país. Eu não posso afirmar se essa afirmação é verdadeira, pois não tive acesso a essa informação, mas como contrapartida, foi-me garantido um indulto e ele ainda disse que se eu fosse preso, ele prenderia o juiz. Ele usou essa expressão: ‘Fique tranquilo, se algum juiz o prender, eu prendo o juiz’, e riu. Eu aceitei a proposta porque ela foi feita pelo presidente da República.”
Fonte: g1
