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Brasília é a capital com o maior índice de inflação de junho

4fa03eb70aeb420cde1d695d947df240_MBrasília lidera o ranking de alta no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de junho. Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 13 capitais brasileiras aponta uma variação de 1,05% na capital do País, o que corresponde a um aumento de 0,8 pontos percentuais somente em um mês. Apesar de a pesquisa ser feita pelo IBGE, a análise dos dados na cidade foi realizada pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), e apresentada nesta sexta-feira (10).

As segunda e terceira maiores variações foram em Salvador (BA), com 1,03%, e Belém (PA), com 1,02%. As menores foram Goiânia (GO), com 0,21%, e Campo Grande (MS), com 0,25%. No DF, o acumulado do ano (de janeiro a junho) foi de 4,78%, e o de 12 meses (de junho de 2014 junho de 2015) de 8,3%. Ainda assim, os números são abaixo da média nacional, de 6,17% e 8,89%.

O IPCA-DF é calculado com base no acompanhamento dos preços no varejo de uma cesta de 227 itens distribuídos em nove grupos. O setor de transportes foi o que apresentou a maior inflação mensal, de 2,56% no mês, impactado pelo aumento do preço de 25,5% nas passagens aéreas. De acordo com o gerente de Contas e Estudos Setoriais da Codeplan, Jusçanio Umbelino de Souza, esse segmento é instável pela variação tarifária. “Estamos no período de férias e as passagens tendem a puxar para cima”, diz.

Despesas pessoais vem em segundo lugar, com alta de 1,98%, agregando 0,23 pontos percentuais ao índice geral: esse segmento é puxado pela elevação de 30,8% em gastos com jogos de azar — no caso, as loterias — e energia elétrica, de 1,30 %. No final do mês de maio, a Caixa Econômica Federal reajustou os preços das apostas, como a Mega-Sena, que passou de R$ 2 para R$ 3,50.

Alimentos
Em alimentação e bebida, houve variação mensal de 0,85%. No grupo, os três maiores aumentos foram para as carnes e os peixes industrializados, com 4,87%, seguidos dos pescados, com 2,82%; e das carnes, com 2,71%. Tiveram redução tubérculos, raízes e legumes, com 3,29%; hortaliças e verduras, com 1,35%; e frutas, com 1,07%.

A pesquisa foi feita nas cidades de Salvador (BA), Belém (PA), Recife (PE), Fortaleza (CE), Curitiba (PR), São Paulo (SP), Porto Alegre (RS), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Campo Grande (MS), Goiânia (GO) e na Grande Vitória (que inclui as cidades de Cariacica, Fundão, Guarapari, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória).

INPC
No mês de junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (INPC) registrou 0,77% de taxa de inflação, ficando abaixo do de maio, que foi 0,85%. No ano, o percentual acumulou alta de 5,73%, e em 12 meses, 8,87%.

Os maiores aumentos foram em despesas pessoais, com 3,38%. No subgrupo dos jogos de azar, ou seja, as loterias, esse impacto foi de 30,8%. Em segundo lugar aparece transportes, com 0,89%. Como ocorreu com os dados do IPCA, aqui as passagens aéreas também apresentaram 25,5% de aumento. Alimentação e bebidas ficam em terceiro lugar, com 0,8%.

Em saúde e cuidados pessoais, a alta mensal foi de 0,66%; em educação, 0,61%; habitação, 0,54%, e vestuário 0,19%. Os grupos que apresentaram reduções foram artigos da residência (como móveis e eletrodomésticos), com 0,04 %, e comunicação com 0,05 %.

Índice Ceasa
O Índice Ceasa no Distrito Federal (ICDF) registrou uma queda de 7,71% na média geral dos preços no mês de junho. Em maio, a variação foi positiva e ficou em 3,6%. Dentre os produtos comercializados nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF), os setores que apresentaram baixa foram o de frutas, 3,42%; o de legumes, 15,48; e o de verduras, 14,6%. Ovos e grãos foram o único segmento com alta, 6,99%.

Das frutas, o morango é uma das mercadorias em baixa, com redução de 37,85%, a laranja-pera, 9,91%, e a banana-maçã, 9,8%. Uma das justificativas é o período de colheita e o período de safra. No grupo legumes, uma das maiores reduções foram o tomate, 43,41%, enquanto o quiabo registrou alta de 18,48%.

Fonte: Agência Brasilia