Após uma semana marcada por intensas chuvas, o final de semana promete um clima instável em várias regiões do Brasil. A Climatempo informa que uma frente fria deve se formar no Sudeste nesta sexta-feira (8), canalizando umidade da região amazônica. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para o risco de temporais em áreas como Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Centro-Oeste, Rondônia, e partes do Amazonas, Pará e Tocantins. Nessas regiões, os volumes de chuva podem atingir 100 mm por dia, acompanhados de ventos de até 100 km/h.
Segundo o meteorologista Fábio Luengo, a frente fria deve se expandir de São Paulo para o restante do Sudeste no sábado (9), espalhando umidade para o Centro-Oeste e partes do Norte. Esse sistema pode resultar na formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que causa chuvas prolongadas. Para o Sul do país, espera-se um clima mais ameno, com temperaturas um pouco mais baixas, enquanto o Nordeste deve manter-se com tempo seco, exceto no sul da Bahia, onde há previsão de algumas tempestades.
A frente fria também pode formar um “corredor de umidade” que trará umidade amazônica para o Sudeste e Centro-Oeste. Esse corredor é auxiliado pela presença de uma área de baixa pressão, conhecida como cavado, que pode intensificar a formação de nuvens de tempestade. A ZCAS, caso se estabeleça, poderia gerar uma faixa de nuvens de grande extensão, mantendo o tempo instável no Norte, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil.
Na próxima semana, meteorologistas alertam para a possível formação de um ciclone bomba no Atlântico. Esse fenômeno se caracteriza por uma rápida intensificação de uma área de baixa pressão, o que poderia aumentar a intensidade dos ventos, principalmente no litoral do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde são esperados ventos de até 80 km/h e possibilidade de ressaca. No entanto, a previsão indica que o ciclone se afastará da costa, reduzindo o impacto no Brasil.
O Inmet mantém o sistema “Alert-AS” para monitorar eventos climáticos severos e emite avisos com três níveis de risco: amarelo (potencial perigo), laranja (perigo) e vermelho (grande perigo). Esses alertas, porém, são distintos dos emitidos pela Defesa Civil, que coordena avisos oficiais quando há ameaça direta à população.