O formato MODERNO da Copa do Brasil, com os participantes da Libertadores e o sexto colocado do Brasileirão do ano passado entrando nas oitavas de final, criou esta situação estranha de seis equipes chegarem na festa de casamento só na hora do buffet, sem precisarem assistir à cerimônia. Ainda tem como efeito colateral o esvaziamento da Copa Sul-Americana.
Mas inegavelmente a competição ficou mais quente e recheada de grandes confrontos. Neste ano, especialmente, as oitavas de final da Copa do Brasil vão ser interessantes por reunirem os melhores times do Brasil na atualidade, que buscarão afirmação, e outros tantos necessitados de uma retomada ou desesperados por uma salvação. E logo de saída tem dois clássicos estaduais.
Corinthians e Atlético Mineiro entram na Copa do Brasil como favoritos, por motivos óbvios. Além de líder e vice-líder do Brasileirão, os times vêm apresentando o melhor futebol: o Corinthians pela competitividade e precisão, o Atlético pela ofensividade – e por ser o atual campeão e especialista recente em mata-mata.
Mas neste pelotão ainda tem espaço para o Grêmio, um time que vem tendo atuações consistentes no Brasileiro e brilhou nas últimas rodadas, especialmente na vitória sobre o Galo no Mineirão, com um futebol de compactação e velocidade. A Copa do Brasil vai ser a oportunidade para testar essa ascensão.
Num escalação abaixo, times como Fluminense, Palmeiras e São Paulo, de atuações irregulares no Brasileiro, têm na Copa do Brasil a chance de reencontrarem o melhor futebol da temporada. Internacional, Flamengo e Santos são times que entram na competição buscando recuperação na temporada. Para Vasco, Coritiba, Ceará e Figueirense, a Copa do Brasil é uma fugaz – e quase impossível – oportunidade de salvar o ano.
O mais interessante da Copa do Brasil que recomeça nesta quarta-feira, por fim, é que ela servirá como grande teste para os bons times que a temporada está apresentando (à exceção do Sport, que ficou de fora). Apesar dos problemas de sempre, o futebol brasileiro tem mostrado equipes bem treinadas. E elas estarão em campo em clássicos, confrontos diretos e duelos de mata-mata, testando suas capacidades em outro tipo de competição.
Terrra/Daniel Cassol
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